terça-feira, 1 de novembro de 2011

CRENTES TEÓRICOS?!


É notório o crescimento dos interessados no estudo da teologia em nossos dias. Os seminários e faculdades teológicas têm se proliferado; na rede mundial de computadores, com uma rápida pesquisa, percebemos que o número de "debatedores" da doutrina é cada vez maior.

Os que têm discutido com tanta paixão têm experimentado um crescimento em santidade decorrente do conhecimento bíblico que professam?

São arminianos, calvinistas, liberais, dispensacionalistas, carismáticos, pentecostais, cada um defendendo o seu ponto de vista com veemência.
Em princípio, esse quadro deveria nos causar alegria, afinal de contas é muito bom ver pessoas interessadas nas Escrituras e debatendo sobre a Palavra.
Há um perigo muito grande em tornar a doutrina um fim em si mesmo. Há na Palavra de Deus advertências sérias quanto a isso. Na epístola de Tiago, a ordem é para que os crentes sejam praticantes da Palavra e não somente ouvintes, pois os que são simplesmente ouvintes enganam-se a si mesmos (Tg 1:22). Em seu ministério, o Senhor Jesus repreendeu incontáveis vezes os escribas e fariseus, chamando-os de hipócritas, justamente por falarem e não fazerem.

Ele chegou a ensinar a multidão, com respeito aos fariseus, da seguinte maneira "Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem" (Mt 23:3).

Eis aí o retrato de um "crente" teórico. É aquele que tem a doutrina na ponta da língua, muitas vezes decora vários versículos bíblicos, é capaz de discorrer com propriedade sobre as doutrinas mais complexas, mas não a vive no seu dia-a-dia. Esse tipo de pessoa, como afirma Tiago, engana-se a si mesmo, pois, como bem afirma John Blanchard, "o crescimento cristão requer mais do que conhecimento da Bíblia; ninguém jamais se alimentou decorando cardápios".

Há, no Novo Testamento, uma igreja que foi elogiada pelo Senhor Jesus pelo seu conhecimento doutrinário. O Senhor chega a afirmar que aqueles crentes colocaram à prova os falsos mestres que se declaravam apóstolos e os acharam mentirosos (Ap 22:1-4). Pelo visto, aqueles irmãos eram bastante preparados no que diz respeito ao conhecimento doutrinário, contudo, Jesus os repreende dizendo que haviam abandonado o primeiro amor.

Infelizmente, isso é mais comum do que se imagina. Mesmo dentro de nossas igrejas, temos membros que foram doutrinados dede a tenra idade, que frequentam regularmente os cultos, mas por mero costume. A doutrina não tem efeito pŕatico em suas vidas e eles demontstram que, à semelhança dos crentes de Éfeso, deixaram o primeiro amor.

Devemos ter muito cuidado para não sermos meramente religiosos e também para não cairmos na cilada de colocar o amor à doutrina à frente do amor ao Senhor, pois fazer isso é incorrer na quebra do primento mandamento (Ex 20:3).

É claro que só se pode amar ao Senhor tendo um conhecimento correto de Sua Palavra, mas nem sempre conhecimento teológico é sinônimo de piedade e amor ao Senhor. 

Fujamos, portanto, do farisaísmo procurando conhecer profundamente as Escrituras, mas com a finalidade de amar e honrar, pela sua prática, o Salvador.

Autora: Gê Pratez
Texto ministrado na Célula dos Artistas da Igreja Batista da Lagoinha
Encontro do dia 29/10/2011

Um comentário:

  1. Prezado Mauro,
    Esse texto na verdade foi escrito por mim.
    Gostaria que corrigisse a informação e citasse a fonte.

    Milton Jr
    http://mentecativa.blogspot.com.br/2011/07/crentes-teoricos-essa-nao.html

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